quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

EXORCISMO DO IMPONDERÁVEL

Amar até desnudar
Por inteiro o cheiro
De alecrim, canela
Sendo você o meu arlequim

Cantar, rasgando entranhas
Para que possa, enfim
Parir o que contém o incontido
E leveza se instaure n'alma

Dançar para transcender
O óbvio, o lugar comum
Lugar de todos
Terra de nenhum

Representar para exorcizar
Anjos, demônios, tudo enfim
Desvelando o imponderável
Transmutando em palpável

domingo, 22 de fevereiro de 2009

RÉQUIEM PARA UM GRANDE AMOR


Quem és tu?
Que, em meio a calmaria
Surge como um furacão
Tornando em paixão , toda e qualquer ação

Que dom é esse que tens
De sorver, remexer, completar, invadir
Sem, nem mesmo, permissão pedir?

Como podes? Em partir...permanecer
Em estar, estados de gozo, transcender
Quando do repouso de nós dois em um

Quem és tu, ser indefinido
Delírio para os meus olhos
Música para meus ouvidos
Embriaguez para todos os sentidos

Mistura de homem e menino
Bissetriz de minha horizontal
Desmesura de saudável loucura
Surpresa dada a mim pelo destino

28/12/1997

Envergadura de mulher

Navegar...
Em tempos de superficialidade
Ai que saudade!!!
Daqueles de profundidade

Banal, venial, etc e tal
Abismático, sorumbático
Eu, a normal
Ou eles, os anormais?

Águas, conhecidas e não
Trágico, melodramático, cômico
Lágrimas...velhas companheiras
Choro por mim e pelo mundo!