domingo, 23 de outubro de 2011

Todos os ofícios

Quando canceriana, sensível
Quando geminiana, falante
Quando sagitariana, otimista

Quando cantora, mil universos a desvendar
Quando terapeuta, é ajuda a prestar
Quando poetisa, faço umas escrevinhações
Quando dançante, é uma personagem que atua

Quando eu empresto meu corpo, minh'alma
Quando cantando vou ficando etérea
Quando poetando vou fazendo minhas catarses
Quando dança, a alma flui e dança junto.

Arte de escrever

E a solidão que batia
Compassada com meu coração?
Será que foi visitar outra pessoa

E eu que tenho me havido bem
Com as minhas coisinhas
Com o meu multifacetado ser
Ora, simples, ora complexo

E eu que comuniquei a mim mesma
Ser feliz é o verbo do dia
E eu teço minha teia de alegria

E eu que entendi que eu mesma
Expulsei a solidão
Quando fico só é por opção

E eu que falei pra mim, com certeza
Que não sou esse rótulo de bipolar
Sou muito mais do que isso, maior
E nessas reflexões constro minha arte

sábado, 22 de outubro de 2011

Descobertas sutis

Descobri que não quero ler poemas
Quero escrevê-los, mesmo sendo eu
Poetisa e leitora

Descobri, dentro de mim lugar de paz
Nós de sofrimento desfeitos, posso ser
Ativa e libertadora

Descobri que amadurecer leva tempo
Tempo de descobrir que ainda há tempo
Criativa e avassaladora

Descobri que quando me amo e sou feliz
Tiro dos outros o peso de querer me ajudar
Construtiva e arrematadora.

sábado, 8 de outubro de 2011

COMPLETUDE SEM RIMAS

Por que viver em morte
Se, em vida, já morres um pouco
A cada noite que passas
Desligado de teu ser físico?

Pra que não desejar o amor
Se é ele a grande alavanca
Que move-te na direção
Do melhor de tu mesmo

Por que e pra que perder-te em ninharias
Mesquinharias, vinganças, medos, agressões
Se nada disso eleva-te o espírito
E te conduz onde almejas chegar

Mergulhe na tua vida, busque tua serenidade
Traga um sorriso no rosto, brilho no olhar
Conserva feliz a tua criança e chegarás
Onde sonhaste: a completude em ti mesmo

Janice Lopez em 09/10/11 - Todos os direitos reservados

domingo, 2 de outubro de 2011

ILUSÕES

Quando achei que fulano era meu amigo
Ledo engano!
Ele mostrava-se o tempo todo
Eu, ingênua e tola, não quiz ver

Até que a apoteose se fêz
Num assomo de raiva cuspiu
O que, certamente, andara pensando
E humilhou-me perante todos

Meu coração nunca havia me enganado
Só tive uma visão romantizada porque quiz
O pensar é enganável, o sentir, nunca!
Tive uma das mais amargas lições da vida

Lobo em pele de cordeiro, não mais
Sorrisos falsos que saem sem pudor
Tive provas cabais e fui teimosa, insisti
Tirei esse espinho do meu jardim de rosas!